As terras indígenas isoladas na Amazônia são mais vulneráveis à degradação ambiental. (Fonte: Funai) |
A pesquisa “Isolados Por um Fio: Riscos Impostos aos Povos Indígenas Isolados” destaca cinco fatores de risco que interagem diretamente nos direitos fundamentais dos povos indígenas isolados, ameaças como desmatamento, incêndios, grilagem, mineração e desestruturação de políticas públicas específicas foram consolidadas “expressivamente” nos últimos três anos (2019/2021).
O território estudado representa 49% dos focos de calor, com uso do fogo ligado à mineração e à grilagem, fatores que influenciam e geram consequências para a vida humana, como a dizimação dos povos indígenas isolados.
O estudo analisou as 332 terras indígenas, sendo 44 povos nativos isolados na Amazônia, que juntos somam 653 km² de terras o equivalente a 62% da área de todas as terras indígenas no bioma. A pesquisa indica que doze estão sob risco “alto” ou “muito alto”. O estudo também destaca quatro em situação crítica imposta: TI Ituna/Itatá, no Pará; TI Jacareúba/Katawixi, no Amazonas; TI Piripkura, em Mato Grosso; e TI Pirititi, em Roraima
O coordenador-executivo da Coiab, Élcio Severino da Silva Manchineri, explica que a Amazônia brasileira é o lugar de maior concentração de povos nativos “A Amazônia brasileira é o lugar do mundo com a maior concentração de populações indígenas em situação de isolamento. Exigimos que o novo governo federal reverta o legado de destruição deixado pelo anterior, que desmantelou as políticas indigenistas e os nossos direitos”, disse Manchineri.