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| Rio Madeira com enormes bancos de areia (Foto: Secom PVH-RO) |
Redação Voz da Terra
A situação de emergência ambiental foi reconhecido pela Prefeitura de Porto Velho (RO), que publicou decreto diante da crise hídrica que afeta Rondônia. O município diz que existe riscos para a navegação e transporte de produtos pelo rio Madeira, além das dificuldades de acesso a água, alimentos e medicamentos para populações do Alto, Médio e Baixo Madeira.
No início da semana, o governo estadual publicou um decreto estabelecendo situação de emergência. A Prefeitura estima impactos econômicos da seca, como prejuízos nas atividades agropecuárias devido à falta de água nos mananciais. Há preocupações com o abastecimento de produtos e com o funcionamento das redes escolar e de saúde, especialmente nas regiões ribeirinhas.
O decreto estabelece a necessidade de articulação entre a Defesa Civil Municipal e outras secretarias municipais para executar ações de socorro e assistência às comunidades afetadas. A partir da publicação a prefeitura diz que adotará medidas preventivas e de remediação, considerando o cenário crítico da seca severa em Porto Velho.
A situação é critica devido a estiagem, redução de chuvas, resultado de fenômenos climáticos como El Niño, que consiste no aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, e a La Niña, que é o inverso, provocando o resfriamento do Pacífico Equatorial. Outros fatores agravantes são o desmatamento, queimadas para criação de grandes áreas de pasto e plantio de monoculturas. Além da mineração e o garimpo ilegal, que causam danos ambientais e humanos.
Representantes do executivo municipal e técnicos do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) participaram de uma reunião para discutir a crise.
O Comitê de Gestão de Crise inclui representantes da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil e várias secretarias municipais, responsáveis por coordenar e enfrentar a situação de emergência.
Iniciativas
Agora, a Secretaria municipal de Assistência Social intensificará políticas como auxílio-moradia, realocação de famílias em áreas de risco e distribuição de cestas básicas e água mineral. A Superintendência de Integração Distrital está planejando perfurar poços artesianos para abastecimento de água.
A Secretaria de Saneamento trabalha no planejamento para garantir o abastecimento de água. A Secretaria de Meio Ambiente monitorará os impactos ambientais; a Secretaria de Educação planeja estratégias para o transporte escolar; e a Secretaria de Saúde está estudando a situação do rio para evitar danos à população e garantir atendimento médico.
O Comitê de Gestão de Crise realiza levantamentos, avaliações e estudos técnicos para auxiliar na tomada de decisões e no enfrentamento da crise hídrica.
"As reuniões são para nortear as próximas ações a serem tomadas. Uma das informações que destacamos é referente à nossa questão climática para a região. A escassez hídrica se consolida conforme previsto em outras reuniões. Diante disso, nos resta focar no plano de ação do comitê e integrar os planos de ação do estado e do município para enfrentarmos a crise hídrica", disse Elias Ribeiro, coordenador da Defesa Civil de Porto Velho.
Durante a reunião, técnicos e gestores discutiram medidas antecipadas para um planejamento de ação rápido e eficaz. A próxima reunião está marcada para 30 de julho. (Com PVH-RO)